A Polícia Federal, sob o comando do Delegado Sérgio Pimenta, conseguiu prender duas pessoas envolvidas no incêndio criminoso ocorrido no dia 18 de setembro, domingo, na área que funcionava como depósito de madeira em toras apreendida durante Operações do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). O local, onde a madeira estava depositada era alvo de inúmeras reclamações por parte da comunidade, uma vez á noite devido à escuridão pessoas utilizavam a área para consumirem drogas e praticarem atos ilícitos.
De acordo com o delegado da PF, Roberta Karine Oliveira de Souza, vulgo ‘Ratinha’ e Leomir Matos da Silva, vulgo Léo, foram vistos por testemunhas deixando o local do crime por volta das 15 horas. Após a intimação os acusados foram levados a sede da PF onde assumiram ter usado gasolina para atear fogo na madeira. “Em depoimentos separados, eles entraram várias vezes em contradição e após apertar as investigações conseguimos a confissão da Roberta Karine que afirmou ter participado e que Léo teria jogado gasolina sobre as toras”, informou.
Ratinha e Léo foram encaminhados para o Centro de Recuperação Agrícola Silvio Hall, onde deverão aguardar o posicionamento da justiça. “Nós fizemos a representação pela prisão dos dois acusados, e o juiz federal acatou nosso pedido de prisão e eles foram encaminhados para a penitenciaria e deverão responder pelo artigo 250 do código penal, que é causar incêndio, crime que pode ter como pena reclusão de três a seis anos”, falou o delegado.
O incêndio:
De acordo com informações dos moradores da área o incêndio iniciou por volta das 14 horas, e devido aos fortes ventos, se alastrou rapidamente tomando conta de toda a extensão do terreno da Associação dos Servidores do IBAMA (Assibama) colocando em risco os moradores do entorno da área.
Os militares do 4º Grupamento de Bombeiros, 4º GBM, só foram acionados às 16 horas e desde à tarde do domingo até o final da tarde da segunda-feira, 19 de setembro, permaneceram no local trabalhando para tentar amenizar os problemas causados pelo incêndio. Eles utilizaram aproximadamente 800 mil litros de água para fazer o rescaldo das toras de madeiras e das residências próximas. “Nossos militares fizeram o levantamento da área e começaram o rescaldo para prevenir outros acidentes”, informou o comandante que juntamente com 30 militares passaram a madrugada combatendo o incêndio.
No inicio do ano outro incêndio também consumiu aproximadamente 60 toras de madeiras que estavam depositadas no pátio, porém as investigações não constataram se o incêndio foi criminoso. A ação de combate ao incêndio envolveu também militares do Exército e funcionários da Prefeitura. A madeira depositada no terreno do Assibama já tinha ordem judicial para que fosse retirada da área e segundo a gerência parte das toras queimadas pertencia a Secretaria Estadual de Meio Ambiente.
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